An.danza nasce do meu corpo.
Arte corporal que concebe-se de uma inquietação poética e é parida por um corpo em movimento que ao dançar, cria diálogos e ressonâncias com a matriz da dança butoh e outras linguagens expressivas.
An.danza como a.não.dança, evoca o estado vazio por onde nasce a criação, a escuridão, o não movimento, o abrir-se a ser movida, dando espaço à expressão de corporeidades que emergem e são criadas por meio da experimentação.
An.danza enquanto prática estrutura um modo de subjetivação que envolve processualidades corporais como desenvolvimento da individuação e transformação através da criação.
C A M I N H O
p r o c e s s u a l i d a d e s c o r p o r a i s,
c o r p o r e i d a d e s
a t r a v e s s a m e n t o s c r i a t i v o s
s u b v e r s ã o d a s f o r m a s
p o r o s i d a d e s
d a n ç a r, o c o r p o e m r e l a ç ã o .
Incorporar a expressividade
A história do meu corpo expressivo inicia com ballet clássico, moderno e sapateado. Iniciei cedo a prática de yoga e treinamentos consistentes de meditação, práticas que seguem comigo até hoje. Adentrei o movimento orgânico e as artes performáticas, fui do teatro à dança teatro ritual mais especificamente o estudo (e estado) da dança butoh.
A pesquisa com a dança butoh inicia-se em 2012 e se aprofunda com o método Subbody Resonance Butoh, do mestre japonês Rhizome Lee, junto ao Life Resonance Art Center na Índia, onde, em anos sequenciais, estive praticando para firmar uma sustentação de "midwife", parteira de dança, desenvolvendo a dança e a escuta da linguagem oculta do inconsciente por através da linguagem corporal desde a própria criação do corpo, individual e coletivo. Com a psicologia em minha formação de base e o caminho da parteria como guia acompanhar o nascimento da arte oculta passou a centrar-me em um servir .
Vivenciando o corpo como espaço de atravessamento de tensões criativas, vou abrindo espaço à forma mais honesta de dançar-me. Com a experimentação vou encontrando uma própria arte de expressar, assim como desdobrando caminhos para conduzir e acompanhar processos grupais criativos.
C O N C E I T O
Em uma relação viva com o corpo
A não dança como conceito aproxima-se a um estado de vazio, neutralidade, para permitir-se ser dançada por um estado de dança. Receber a inspiração. Encontrar no corpo um receptáculo e testemunhar seus movimentos, do invisível ao visível. O movimento como expressão das forças que atuam em nós.
Uma dança do não movimento traz também o sentido de um corpo não automatizado, que faz uma ruptura com os códigos habituados e permite-se chegar a sua expressividade autêntica, na reconciliação ao saber do corpo, da carne e da alma, da potência criativa experimentada.
An.danza propõe a pesquisa do corpo em movimento, poroso às múltiplas forças que revelam sua expressão, linguagem e potência inventiva. Corpo (des)território do si, faz-se superfície de circulação e expressão de intensidades e autenticidades.
A dança, entra como instrumento de recriação de si pela arte de incorporar e vivenciar imagens da psique que contam e transformam narrativas por através do corpo reorganizando e vitalizando processos de subjetivação através do expressar.
Arte e corpo entram como dispositivos para encarnar a potência de transfiguração. Processualidades corporais, em um receptáculo de movimentos e metamorfoses...
P R O P O S T A
Prática
Experiências corporais criativas que propõem a conexão do corpo e sua expressão. Partindo da abertura à representação simbólica da vida através do movimento, essa prática traz um convite a adentrar diversos caminhos e fontes de criação dentro e fora de si, através da potência sensível dos corpos, desde as necessidades expressivas mais profundas, individuais e coletivas. Um espaço para o processo de subjetivação do artista que cria.
Abertura com trabalho corporal e respiratório de diferentes linhas para ir conduzindo o estado neutro, receptivo, descondicionando a presença cotidiana do corpo-mente para abrir-se à vazão do movimento do corpo-alma.
Em um espaço seguro de contenção e cuidado à expressão, por através de diferentes caminhos de condução, vamos adentrando exercícios de experimentação e reconexão à corporeidades próprias e espontâneas, singulares, diversas e coletivas
Dando corpo ao atravessamento criativo, ao final da prática experimentamos um momento de laboratório de dança com associações livres ou improvisações estruturadas.
-Compartilho a base conceitual do método Subbody resonance butoh.
C O R P O
C O M O
J A N E L A
D A A L M A
PRÓXIMO EVENTO!
Corpo Híbrido
Vale do Capão - Chapada Diamantina- Bahia
Laboratórios criativos com exploração do corpo em movimento, inspirados na poética da dança butô e artes do corpo em intersecção com artes multidisciplinares.
Pesquisa do corpo como território de experiências, poroso à múltiplas forças que revelam sua expressão, linguagem e potencial inventivo.